Isabel Vieira

Na escolinha da professora Angélica, num lugar da Amadora que já não existe, começou a sua carreira académica. Principiou com o Zero, disse A e começou com distinção. A partir daí foi de carreirinha, ora pelas letras, ora pelos números. Estes, ensarilharam-se nos noves fora nada e a partir daí só lhe davam problemas. O facto é que eles sempre foram uns números primos afastados.

As letras, essas não, juntava-as como se fossem flores, fazia palavras e com elas ramos de todas as cores. Gostava muito quando elas rimavam dar com amar e ao calhar, começou a versejar. Era tão bom que até dava para dançar. Mesmo sem ter a cabeça no ar. Depois, experimentou trocar a rima pela prosa, que mesmo assim ficou airosa, até bem viçosa.

Então escreveu daquelas histórias do era uma vez e encantou-se porque todos foram muito felizes. Percebeu também que o segredo era escrever sempre, mas sempre mesmo, escrever sem pôr os pés no chão. E ainda não vê tempo de acabar de aprender.

Livros de Isabel Vieira 

Trilhos Cruzados – Compre Já